A unica coisa certa é que vida não tem certezas!Portanto "morda a língua" antes de expressar suas convicções arraigadas. E se divirta com as histórias de quem não seguiu esse conselho!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Morda a língua!: Verão em Paris
Morda a língua!: Verão em Paris: Hoje vou contar uma história que já ouvi a algum tempo, contada por um grande amigo da faculdade. Um amigo dele, neto de franceses, sempre...
Verão em Paris
Hoje vou contar uma história que já ouvi a algum tempo, contada por um grande amigo da faculdade.
Um amigo dele, neto de franceses, sempre comentava que o avô e a avó sonhavam em voltar a morar na França. Reclamavam do calor e da umidade de São Paulo diariamente.
Diziam que na França é que a vida era boa, porque na França a temperatura era agradável, porque a França era decente, etc, etc...
Enfim, depois de décadas morando no Brasil, tendo aqui filhos e netos e, provavelmente bisnetos, o casal de velhinhos realiza o grande sonho da vida deles: regressar ao país natal.
Mais ainda: o casal vai morar em Paris. Mais ainda, num apartamento com uma linda mansarda... Aquelas janelinhas que aparecem no meio do telhado de todas aquelas casinhas que a gente vê naquelas tomadas lindas e românticas dos filmes que mostram a bela Paris...
Não que é o ano em que os velhinhos foram para Paris, 2003, o verão na Europa foi causticante, mais quente que no norte da África, mais quente que na caatinga, mais quente do que o Rio de Janeiro... A temperatura chegou aos 50 graus na França. Como ninguém contava com aquele calor todo, os médicos de família todos tiraram férias ao mesmo tempo, no mês de agosto, alto verão no hemisfério norte.
Sabem o que aconteceu? O casal de velhinhos, que achava o calor de São Paulo insalubre, morreu em Paris, naquele verão, vítima daquela onda de calor, que só na França matou mais de 14 mil idosos.
Será que morreram mordendo a língua?
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Verdades que não mudam
Café com bolo fresco |
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Morda a língua!: Medos mais bestas....
Morda a língua!: Medos mais bestas....: "Uma tem medo de entrar no carro e um desconhecido --ladrão, fantasma ou monstro-- estar escondido no banco de trás do carro. Outra tem medo ..."
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Medos mais bestas....
Uma tem medo de entrar no carro e um desconhecido --ladrão, fantasma ou monstro-- estar escondido no banco de trás do carro.
Outra tem medo do desconhecido estar escondido na caçamba da caminhonete.
Uma tem medo de ir a um funeral e o morto levantar do caixão, como se tivesse acordado de um sono profundo.
Outra tem medo do morto simplesmente por ele estar morto.
Uma tem medo da "energia ruim" dos cemitérios.
Outra tem medo dos micróbios que moram nos túmulos enquanto os defuntos estão lá se decompondo.
Uma tem medo de filmes de vampiro.
Outra tem medo de filmes de fenômenos paranormais.
Uma tem medo de um bicho subir pelo vaso sanitário e atacá-la enquanto usa o banheiro no escuro.
Outra tem medo do escuro... puro e simples.
Uma tem medo de chegar bêbada em casa e se afogar no próprio vômito.
Outra tem medo de aceitar a bebida de um estranho e acordar dentro da banheira de um hotel barato, mergulhada no gelo e sem um dos rins.
Uma tem medo do dinheiro dela acabar antes do filho chegar à maioridade.
Outra tem medo de abrir o extrato bancário quando sabe que se excedeu nas compras.
Uma tem medo de morder uma salsinha e achar um prego dentro.
Outra tem medo da salsicha provocar celulite.
Uma tem medo do próprio carro virar um robô dos “Transformers”.
Outra tem medo de qualquer extraterrestre, por mais bonzinho que ele seja.
Uma tem medo de uma cobra aparecer enquanto ela nada na cachoeira.
Outra tem medo de entrar no mato e seguir até a cachoeira.
Uma tem medo de cavalo
Outra tem medo de cachorro.
Uma tem medo de barata.
Outra tem medo de lagartixa.
Uma tem medo de lagartas de fogo.
Outra tem medo dos lagartos-calangos.
Uma tem medo da chuva.
Outra tem medo do vento.
Os medos são assim. Bestas.
28/07/2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Fazer escolhas baseadas no amor
Com atraso, devido a um dia agitadíssimo, coloco aqui minha contribuição para a campanha do blog dos 3 mosqueteiros, para o dia 31 de maio, o dia da Família, ou o dia do Amor. A proposta era dedicar 5 minutos a uma pessoa que a gente gosta.
Eu dediquei a tarde--inteira-- a uma pessoa que eu gosto,mas que estava um pouco esquecida: eu mesma! Me dei uma tarde de beleza, com direito a cabelão bonito e pés e mãos bem feitos. Enquanto fazia isso, lia um livro sobre o qual estava querendo falar faz tempo aqui, mas ainda não havai encontrado a chance: "Perdão: A cura para todos os males". Achei interessante, porque o autor, Gerald Jampolsky afirma que desfazer-se da raiva e das mágoas antigas, pode curar doenças que se manifestam na sua vida porque você se recusa a perdoar, a deixar o passado ir, a viver a vida amorosamente. Estou tentando colocar em prática o que o livro sugere, como por exemplo, escolher o amor e o perdão para nortear a minha vida. É um desafio interessante. Bom... Minha pressão que estava alta, já está normalizando! Não deixei o remédio de lado, mas assumi o compromisso de mudar de atitude perante a vida.
Na ultima página do livro, o autor lista 12 passos para deixar que a cura pelo perdão aconteça na sua vida.
No final de semana estava lendo um trecho do evangelho, em que Jesus aconselha alguém a perdoar "sete vezes sete"....infinitamente... Ele sabia das coisas!
(os grifos são meus)
Eu dediquei a tarde--inteira-- a uma pessoa que eu gosto,mas que estava um pouco esquecida: eu mesma! Me dei uma tarde de beleza, com direito a cabelão bonito e pés e mãos bem feitos. Enquanto fazia isso, lia um livro sobre o qual estava querendo falar faz tempo aqui, mas ainda não havai encontrado a chance: "Perdão: A cura para todos os males". Achei interessante, porque o autor, Gerald Jampolsky afirma que desfazer-se da raiva e das mágoas antigas, pode curar doenças que se manifestam na sua vida porque você se recusa a perdoar, a deixar o passado ir, a viver a vida amorosamente. Estou tentando colocar em prática o que o livro sugere, como por exemplo, escolher o amor e o perdão para nortear a minha vida. É um desafio interessante. Bom... Minha pressão que estava alta, já está normalizando! Não deixei o remédio de lado, mas assumi o compromisso de mudar de atitude perante a vida.
Na ultima página do livro, o autor lista 12 passos para deixar que a cura pelo perdão aconteça na sua vida.
No final de semana estava lendo um trecho do evangelho, em que Jesus aconselha alguém a perdoar "sete vezes sete"....infinitamente... Ele sabia das coisas!
(os grifos são meus)
Os 12 princípios para a cura de atitudes:
- A essência do nosso ser é o amor
- Saúde é paz interior. Curar é abandonar o medo
- Dar e receber são a mesma coisa
- Podemos nos desprender do passado e do futuro.
- O agora é o único tempo que existe, e cada instante é para nos doarmos.
- Podemos aprender a amar a nós mesmos e os outros perdoando, ao invés de julgando.
- Podemos nos transformar em pessoas que vêem o amor e o que une, em lugar de pessoas que vêem o erro e o que desune.
- Podemos escolher nos direcionar para a paz interior, independentemente do que está acontecendo no exterior.
- Somos alunos e professores uns dos outros.
- Podemos nos concentrar na totalidade da vida e não nos seus fragmentos.
- Sendo o Amor eterno, não existe razão para temer a dor e a morte.
- Podemos sempre ver a nós mesmos e aos outros como seres que ou oferecem amor ou suplicam ajuda.
No final da noite, eu e minha filha nos sentamos para ver um filme juntas na TV: Nick and Nora. Uma comédia teen recheada de boas músicas. Do jeito que curtimos. E elegemos a melhor coisa que fizemos juntas. Outra hora falo sobre essa aventura! Morda a língua antes de dizer que não vai perdoar aquela pessoa ou fato ou circunstância da vida! Escolha sempre o amor!
terça-feira, 24 de maio de 2011
Quem canta...
"O homem inventou a música para poder falar com Deus". A frase é mais ou menos assim. Ouvi na abertura do show Cantos e Contos, da Zizi Possi, no último sábado, no teatro da Caixa Cultural em Brasília. O show foi lindo.A Zizi Possi é uma intérprete maravilhosa. Tinha algumas reticências sobre a Zizi Possi. Sei lá, acho que tocou demais no rádio... Preconceito puro e simples. Ah, como foi bom me arrepender! Ela é ótima, inteligente, talentosa. Entre cantar junto os sucessos dos 30 anos de carreira ou prestar atenção na técnica dela, na interação com a banda, na delicadeza e criatividade dos arranjos, confesso que escolhi a segunda opção. Mas nesse show me lembrei novamente do quanto gosto de cantar, do quanto quis estudar canto direitinho, com afinco. A gente passa por umas fases na vida que nos afastam da nossa essência. Durante alguns anos, há uns anos atrás, eu não tinha paciência nem mesmo pra escolher um CD. Decorar a letra de músicas novas? Cantar junto? Nem pensar. Delegava esse poder a outras pessoas. Lançando um olhar distanciado sobre esse período, parece que eu estava me castigando. Sabia que cantar seria um prazer imenso, mas não queria parecer feliz, nem satisfeita. Vai entender como funciona o cérebro perturbado. Mas é verdade. Foi assim... Esse período esquisito ficou no passado. Mas deixou uma conseqüência bem curiosa. Durante o tempo em que fiquei “muda” musicalmente, eu tive um lapso de memória. Acabei me esquecendo das letras de muitas músicas que eu gostava de cantar e de ouvir também! Muitas mesmo! Tenho uma voz relativamente afinada e sei projetar o som... Coisas que a gente aprende quando faz canto, teatro, locução, quando aprende a dar oito aulas por dia... Usar a voz como um instrumento de trabalho. É preciso alguma dedicação, mas fiz isso sempre com prazer. Numa rodinha de violão, por exemplo, é fácil eu me empolgar com alguma música, projetar o vozeirão, cantar o primeiro verso e ... cair na gargalhada! Porque ou eu não me lembro do resto da letra, ou porque canto algo completamente errado. Por exemplo cantar : "soltar essa louca verde paixão" ao invés de "soltar essa louca, arder de paixão", na música "Se " do Djavan. É cômico, eu sei... Já deixei muita gente sem fôlego de rir com essa situação. Estava cansando de me constranger quando um colega, músico, uma vez presenciou a cena e ao invés de cair na risada, me deu uma dica muito boa: “faça seu set list”. Achei curioso. Como eu, uma pessoa que só canta de brincadeira, iria montar um “set list”? Achei que set list era coisa só de garoto que está aprendendo a tocar violão (Deus como eu sou ignorante!!! )... Aí eu vi que a Zizi Possi tem um set list! Igual partitura de instrumento! Aí comecei a prestar atenção nos vídeos de outros cantores... Todos os cantores têm set list! Não é pecado! É esperto! Você já pensou no “set list” da sua vida??? Vamos lá... Um show de uma hora. Cada música com aproximadamente 4 minutos... Dá pra cantar... digamos... 15 canções. Qual seria a lista de músicas que você apresentaria no seu show? 15 canções de todos os tempos, em todas as línguas. Pense! Depois divida aqui!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
O "Dia da Família"
Pessoal, Convido vocês para participar do dia da família!
Quem vai explicar o convite é a Mirys, do blog "Diário dos 3 mosqueteiros"
Lá na casa dos meus pais dia 31 de maio ja é especial porque é o aniversário de casamento deles.
Mais um motivo pra registrar uma manifestação bem bacana.
Aconselho todo mundo a manifestar o seu carinho uns pelos outros neste dia.
Diário dos 3 Mosqueteiros: IMPORTANTE - O "Dia da Família" (Diário da Mirys)
Quem vai explicar o convite é a Mirys, do blog "Diário dos 3 mosqueteiros"
Lá na casa dos meus pais dia 31 de maio ja é especial porque é o aniversário de casamento deles.
Mais um motivo pra registrar uma manifestação bem bacana.
Aconselho todo mundo a manifestar o seu carinho uns pelos outros neste dia.
Diário dos 3 Mosqueteiros: IMPORTANTE - O "Dia da Família" (Diário da Mirys)
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Por que eu tenho um blog
Atendendo a uma solicitação do grupo "Blogueiras Unidas" participo da blogagem coletiva respondendo "Por que eu tenho um blog".
Decidi ter um blog porque eu disse que nunca teria um blog e acabei MORDENDO A LÍNGUA. Ontem uma amiga estava me explicando porque ela não assiste noticiários. Minha amiga não é jornalista. Adora ler, é bem infoormada, mas acha que as escolhas dos editores que decidem o que é ou não notícia não tornam o dia dela melhor, e que as informações que realmente são importantes pro dia a dia dela, ela descobre em outro lugar. Notei que muito dos meus colegas jornalistas mantém um blog, ou já mantiveram. Um blog nos proporciona a chance de escrever coisas que vão além do nosso escrever operário. Ele permite que um bom repórter de esporte possa escrever sobre o seu amor pelas orquídeas, permite que além das tintas carregadas das paginas policiais, a gente possa escrever sobre a arte da fotografia... É possível brincar com os textos e usar adjetivos, é possível sugerir coisas, é possível interagir com os leitores. Um blog dá a chance de dar um desenho pras nossas idéias, de formatar os pensamentos, de, ao exemplo do que acontecia nas praças medievais, permitir que qualquer um com uma idéia suba no seu banquinho e espalhe aos quatro ventos as suas palavras. Um blog pode simplesmente ser um caderno de memórias virtual --e azar o seu se os leitores quiserem se manifestar e azar o seu se você expôs coisas que não deveria expor. A diferença é que a internet, como ouvi uma vez num filme, é escrita à tinta. Não há como passar uma borracha no que foi registrado na rede... Para o bem ou para o mal. Nós, que já estávamos na casa dos vinte quando a internet foi popularizada no Brasil, temos uma responsabilidade com as gerações mais novas, mais ou menos como os mentores dos super heróis dos quadrinhos fazem quando seus jovens pupilos descobrem os seus super poderes e ainda não sabem muito bem a diferença de usar a força ou a sabedoria, parafraseando o tio Ben, de Peter Parker, no filme Homem Aranha de 2002: “grandes poderes exigem grandes responsabilidades”.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Ceda seu lugar pra gestante!
Você vê uma mulher com barriga protuberante entrando no metrô ou no ônibus. Ou chegando perto da fila. Você, numa onda de compaixão e cooperação, lembrando da sua mãe-tia-sobrinha-namorada-esposa-irmã ou até de você mesma quando estava grávida, pés inchados, costas doloridas... Num ímpeto de bom mocismo, de civilidade urbana, deixa a mulher com barriga protuberante, vestida de batinha florida, ou vestido soltinho passar na sua frente... Acha que ganhou um bilhetinho "non stop" direto pro céu ainda em vida. Fez a boa ação do século em ceder seu lugar pra gestante.... E, sorridente, ensaia um princípio de conversa: “pra quando é?”... Com a expressão surpresa da mulher, você sente o sangue subir pelo rosto, naquelas ondas sucessivas de fervendo-gelado-fervendo-gelado... Você se toca que a mulher em questão, alvo da sua gentileza, não está grávida! Ela está acima do peso, mas não está grávida. Tendo tido a chance de viver os dois papéis nessa situação, sei que tem gordas que fecham a cara, fazem que vão chorar. Ficam constrangidas. Outras riem e debocham, outras simplesmente se aproveitam da situação. Quando esse tipo de gafe acontece, o melhor a fazer é pedir desculpas, sumir, desaparecer, escafeder-se. Não dizer mais nenhuma palavra além de “Desculpa”... Já está bom demais. Enquanto obesa, posso dizer que tem umas roupas de grávida que são muito bonitinhas e dá pra gente usar sem dar bandeira. Ando muito bem resolvida e com a autoestima batendo na Lua, por isso posso dizer que minha reação, nesses casos, é dar uma risada das boas. Confesso que já dei o golpe da fila algumas vezes, porque estar acima do peso tem que ter alguma vantagem, pelo menos de vez em quando. Confesso que tinha um cinema aqui em Brasília, que até já fechou, em que dei o golpe da gestante algumas vezes... O filme que eu queria ver já estava começando, a fila estava grande e eu me coloquei bem atrás de uma senhora da terceira idade. Comprei o ingresso e entrei na maior cara de pau. Uma vez, num supermercado, também entrei com pressa pra comprar uma sobremesa pro almoço de domingo, e fui para a fila preferencial. A moça do caixa mal sabe o quanto eu tive vontade de beijá-la quando ela olhou pra mim e disse que eu não parecia grávida. Tive que estufar a barriga e fazer uma cara de futura mamãe sonhadora... E na maior cara de pau falei: “a gente que é gordinha é assim mesmo, a barriga aparece pouco”.
sábado, 23 de abril de 2011
Diva do Jazz
Sabe o que eu tenho vontade de ser? Uma diva do jazz. Aquelas mulheres de vestidos longos, de lamê dourado (diva que é diva tem que usar dourado)... Um cabelão com flor no arranjo. Um batonzão vermelho....saltos altíssimos, uma estola de pele... Que canta inclinada sobre o piano... Troca olhares com o pianista que é seu amigo de longas datas e pede pro garçom maneirar no gelo do uísque... Porque uma diva preserva a voz, mas não tem lá tanto apreço pelo próprio fígado... E canta aquelas letras de amores que aconteceram lá no começo da vida... Quando ela era bobinha, ingênua, magrinha e não fazia sucesso... Cantava só na lojinha de disco, lá onde ela arranjou o primeiro emprego assim que veio pra cidade grande, atrás do homem que a havia iludido... Prometido mundos e fundos, quando a ouviu cantar no coro da igrejinha batista gospel... A diva do jazz canta, canta, canta.... Sob a luz do dancing.... amiga do pianista... E o pianista dá conselhos sobre os homens desqualificados a quem ela costuma entregar sua ilusão de amor... as letras que canta em tom grave... e a interpretação vai ficando cada vez melhor conforme ela vai se iludindo e desiludindo... apaixonando-se e desapaixonando-se... E toma uísque. E chora... E abre a janela da sua varanda, naquele apartamentinho minúsculo e antigo, mas que tem varanda... E dorme sozinha mais uma noite, pensando na próxima paixão... Lembrando de todas as que vieram antes... Diva do jazz volta sozinha pra casa??? Diva do jazz ri e cumprimenta o balconista da padaria??? Diva do jazz come pão com manteiga??? Ela vai com o vestido de lamê e rabo de sereia no supermercado? E o batom dela... é da Lâncome ou da Avon???
Acho que diva do jazz não acorda cedo. Nem leva filho em colégio... Mas canta e sublima suas dores, suas solidões....seus amores que não deram certo... Canta com voz grave, no banquinho do night club.... ligeiramente inclinada no piano... “A música é minha única amiga... A música me consola e me dá alegria... Sou tudo quando canto...” Ela não é diva assim, à toa... E manda uísque... e manda piano, batom vermelho e vestido dourado e arranjo com flor na cabeça... Sob a luz do palco do night club...”Eu me apaixono fácil demais”...
(Brasília, 23/06/2008)
domingo, 17 de abril de 2011
Nunca vou ter blog!
Essa besteira já foi dita por mim.
Ao fazer a faculdade de jornalismo, achava que ia escrever grandes reportagens pra revistas e jornalões que iam me dar uma pauta por ano, com orçamento ilimitado pra investigar os grandes segredos da humanidade. Tá. Da humanindade não. Digamos... da civilização ocidental. Exagero? Ok... da civilização ocidental depois da invenção da imprensa. Ah, tá...só do século 20? rsrs.... Enfim...Tendo como personagens favoritos da infância o Tintin, a Emília e o Visconde do Sítio do Picapau Amarelo e todos os personagens do Marcos Rey (Quem aqui nunca leu a "série Vaga Lume"? Cheia de detetives juvenis que descobriam so crimes antes da polícia?) era fácil entender qual era a noção que eu tinha do que seria a vida de um repórter. Bem equivocada. Depois de formada, raramente pude escolher os temas sobre os quais eu ia escrever. E os textos tinham tamanho pré-definido, e havia um editor que cortava seus textos, e havia um anunciante que comprava a meia-página do jornal! Isso no começo. Depois, ler jornal ficou ultrapassado. E eu mudei de veículo. E escrever o que eu queria, do jeito que eu queria ficou mais distante. Aliás, durante muito tempo fiquei longe das crônicas, das poesias, das coisas que eu, adolescente, gostava de escrever e a faculdade de jornalismo me roubou. Houve tempos depressivos em que duvidei da minha competência. Houve tempos depressivos em que eu achei que escrever amenidades com delicadeza, adjetivos e humor era algo que minha profissão havia roubado de mim. Ah, e que era coisa de "mulherzinha". E que ser mulherzinha era algo ruim pra minha carreira.Mas eu via os blogs das pessoas e achava meio invasivo, mas comichava, comichava... Aí encostei a ponta do dedão na água da beiradinha da piscina, pra saber se valia a pena pular... Sabe quando a gente faz quando vai nadar pela manhã?? Pois é. Aí fiz o "blog do A Pé." Que dava um trabalho porque era o relato de uma experiência pseudocientífica. E que tinha colaboradores. Enfim, outro dia eu conto como ele foi abandonado. Mas escrever nele era legal! Ter blog não machuca, gente! Você pode começar e parar a qualquer momento. u-hu! Devia ter mordido a língua antes de dizer que nunca teria um blog! Aliás, que diabo de pessoa que vive de escrever tem vergonha de mostrar seus textos???
O Tintin do "Tintin, O Filme" será assim. Eu adoro o desenho orginal, do Hergé.
Quando achar uma figura, coloco aqui!
Morda a língua!
Olá,
Já vou adiantar a vocês que sou uma observadora da vida. Que conheço muita gente e ouço muitas histórias. Você já viveu aquele momento de arrependimento, em que deveria ter ficado calado, mas abriu a boca e fez algum comentário infeliz? Em que achava que deveria ter mordido a língua com força antes de ter dito aquela asneira? E essas expressões eram tão convictas e envolviam diferentes aspectos da vida, e se mostraram um desacerto total? Bem, bom, bem... Eu conheço um monte de gente que já fez isso. A graça dos erros é a gente aprender com eles. A graça da vida é que ela nunca é igual, como na música do Lulu Santos. A sorte, ou azar das pessoas é que tenho memória boa. Minha intenção com o blog é refletir sobre a besteira que é achar que a vida tem certezas, proporcionar aos leitores um pouco de alegria, um pouco de humor e um pouco de leveza.
Já vou adiantar a vocês que sou uma observadora da vida. Que conheço muita gente e ouço muitas histórias. Você já viveu aquele momento de arrependimento, em que deveria ter ficado calado, mas abriu a boca e fez algum comentário infeliz? Em que achava que deveria ter mordido a língua com força antes de ter dito aquela asneira? E essas expressões eram tão convictas e envolviam diferentes aspectos da vida, e se mostraram um desacerto total? Bem, bom, bem... Eu conheço um monte de gente que já fez isso. A graça dos erros é a gente aprender com eles. A graça da vida é que ela nunca é igual, como na música do Lulu Santos. A sorte, ou azar das pessoas é que tenho memória boa. Minha intenção com o blog é refletir sobre a besteira que é achar que a vida tem certezas, proporcionar aos leitores um pouco de alegria, um pouco de humor e um pouco de leveza.
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